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Sonho de Manuel Bandeira
- Marco Villarta

- 18 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Os sapos coaxam
No funeral que fazem
Da poesia, já sem alma
Calma, pois não ligo
Sou amigo do rei
Mesmo que não aqui
Onde estamos todos nus
Assim, como viemos
Tal qual um dia iremos
A morte é companheira
E espero seu tempo
Entre a febre e a hemoptise
Ela que avise quando vier
Enquanto isso admiro
As moças bonitas
Nos rótulos antigos
E, se para sempre ela tardar,
Vou-me embora
Embora pra Pasárgada
Lá poderei, enfim,
Da vida descansar.
Marco Villarta
Lavras, 18 de junho de 2022.




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