Bôlh
- Marco Villarta

- 26 de ago.
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A cada dor,
desço aos mais impossíveis porões
Masmorras existenciais
A cada insucesso
Trafego pelo espesso subsolo
E as secreções das chagas
Não atraem físicas moscas
Mas latejam, ressoam
Porejam para uma indivisa dimensão
Onde pressinto que mitológicos cães
As lambem como se fossem suas próprias
Desconheço se há consolo
No escondido pranto que atravessa
Eras e partes de mim dispersas
Tempo e espaço talvez sejam
Calidoscópias fronteiras
E o rodopio de nossas almas
Sejam – para nós –
Estranhas
Coreografias.
Marco Villarta
Oliveira/MG, 26 de agosto de 2025




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