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Bôlh

A cada dor,

desço aos mais impossíveis porões

Masmorras existenciais

A cada insucesso

Trafego pelo espesso subsolo

E as secreções das chagas

Não atraem físicas moscas

Mas latejam, ressoam

Porejam para uma indivisa dimensão

Onde pressinto que mitológicos cães

As lambem como se fossem suas próprias

Desconheço se há consolo

No escondido pranto que atravessa

Eras e partes de mim dispersas

Tempo e espaço talvez sejam

Calidoscópias fronteiras

E o rodopio de nossas almas

Sejam  – para nós –

Estranhas

Coreografias.

 

Marco Villarta

Oliveira/MG, 26 de agosto de 2025

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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