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Minhas paixões literárias
Gabriel García Márquez

Macondo sempre foi a Taubaté da chácara da minha nonna, refúgio mágico de infância; foi também o pequeno jardim dos morangos na "casa do morro", em Jacareí. Eu apenas não sabia ainda. Cem anos de solidão foi um mundo diáfano, no qual mortos e vivos, tempos e lonjuras coexistem. Tal como na minha realidade mais íntima e mais secreta. Lamentei a segunda morte de Melquíades, admirei a força escondida na franzina Úrsula Iguarán. Senti piedade e ternura pela esvoaçante realidade do primeiro José Arcádio Bundía. Sorrio até hoje do tão latinoamericano emaranhado de José Arcádios e Aurelianos. E vieram outras obras, outros personagens, outras magias.
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