Sonho de Fernando Botero
- Marco Villarta

- 20 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Todas as coisas do mundo
No fundo são fartas
Oblongas, balofas
No traçado oblíquo
Das redondas linhas
Desafia-se a forma canônica
Anônima ironia
A elegância das cenas
Acena para irreal densidade
A verdade está nos olhos
Que descobrem somente
O que podem conhecer
Somos latino-americanos
E não prescindimos de ser
Olhares aborígenes
Para nossas próprias origens
Para nosso modo de ver
O carnaval dos paradoxos
Endosso de inacabado projeto
De alegre irreverência
De ressignificar dores sentidas
Denúncia de ancestrais violências
Marco Villarta
Lavras, 20 de junho de 2022.




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