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Sonho de Fernando Botero


Todas as coisas do mundo

No fundo são fartas

Oblongas, balofas

No traçado oblíquo

Das redondas linhas

Desafia-se a forma canônica

Anônima ironia

A elegância das cenas

Acena para irreal densidade

A verdade está nos olhos

Que descobrem somente

O que podem conhecer

Somos latino-americanos

E não prescindimos de ser

Olhares aborígenes

Para nossas próprias origens

Para nosso modo de ver

O carnaval dos paradoxos

Endosso de inacabado projeto

De alegre irreverência

De ressignificar dores sentidas

Denúncia de ancestrais violências


Marco Villarta

Lavras, 20 de junho de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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