Véritas
- Marco Villarta

- 5 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
Há no seio das coisas
Um meio de encontrar
A si e aos outros
São poucos os que decifram
O enigma de sisuda esfinge
Há os que fingem
Com desnuda audácia
Crerem em falsos paradigmas
Há, também, é claro
Os avaros pela vaidade
De únicos donos da verdade
Tal qual leito do cruel Procusto
Aplicando ao mundo e a seus entes
Injusto métron, arrogante medida
Quem saberá qual o secreto âmago
O diligente afago ao real do mundo
Mais que profundo interdito
O veredito não se acha sozinho
Somos teias de complexas relações
É no interstício, nas pontes
Que as perplexas faces
Enfim se contemplam
E descobrem, por fim,
Que a verdade está nos atos
Fatos são acidentes
Meras sementes
Do que fazemos juntos.
Marco Villarta
Lavras, 05 de julho de 2022.




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