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Translúcido


Me recordo sempre

Do corpo que toco

Invoco o que transcende

O que não se compreende

Senão pelo vivido

Para além do tempo

Para aquém do espaço

Para as fissuras do eterno

Para o abaixo dos passos

Para o acima do terreno

E é pleno esse entressonho

Que componho nos versos

De minhas próprias sombras

Ante a luz, ante o mistério

Como tudo, sou etéreo

Sou matéria,

Sou o que não sei.


Marco Villarta

Minas Gerais, 22 de abril de 2023.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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