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Temponauta


Sempre gostei de ler sobre viagens no tempo

Até a juventude, sonhava com a bobagem

De poder percorrer essa estrada

Hoje, mais do que nunca,

Desisti de intervir no fluxo do mistério

Que pulsa na vida e na morte

Desde as estrelas e galáxias

Até o mais ínfimo ser vivente

Gostaria, sim, de observar

Nesse fluxo incessante

Os momentos que vivemos juntos

Cada sorriso

Cada brilho nos olhos

Cada voltar pra casa

Com a felicidade explodindo

Retornaria ao ponto no tempo

Talvez com mais saudade

Certamente mais pleno

Mais do que lembrar o sereno êxtase

De termos compartilhado tanto amor

De termos construído essa fusão

De duas vidas em uma só

Ao re(vi)ver nossa história

Eu seria feliz pela terceira vez.


Marco Villarta

Lavras, 15 de julho de 2021.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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