Teimosia
- Marco Villarta

- 16 de abr. de 2023
- 1 min de leitura
Resilencio Ante a dureza das coisas Mesmo a força De enfrentar fictícios moinhos Ou cavaleiros de espelhos Cede às líquidas erosões Ao gotejar das clepsidras Encurtando o tênue fio das vidas De quem já se cansa Por apenas respirar O ar que nos move É sopro, espírito Que anima o roto dos corpos E inveja aos mortos A plácida paz De quem já não espera E não desespera As aranhas nas teias As rocas que rangem O desafinado canto Do cardar das velhas viúvas E o paciente trançar Das camas de gato Por crédulas infantes Nos arrabaldes distantes Nos terrenos do sonho No frio das pedras Nos dias sem sol.
Marco Villarta Lavras, 08 de março de 2023




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