Stellarium
- Marco Villarta

- 22 de mai.
- 1 min de leitura
Círculos de luz
Circunscrevem
Quando escrevem
Leves esboços
Iluminam
Profundos poços
E só sossobram
Diáfanos dissolveres
Círculos de luz
Giram, infinitos,
Mesmo pequenos
Porque são
Meadas desprovidas
De fio
São adesivas fitas
Sem o óbvio começo
Delimitam um dentro
E um incerto exterior
Motor em perpétuo
Descálculo
São doces absurdos
Signos dos mais
Profundos mistérios
Círculos de luz
São o chão que
Repisamos
O ar que respiramos
A vida que sorvemos
São discretos paradoxos
Somos e não somos
A um só tempo
Desistimos de insistir
Para além do que
Nós vemos
Para aquém dos sonhos
Que tem(em)os.
Marco Villarta
Lavras, 05 de junho de 2024.




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