Soneto íntimo
- Marco Villarta

- 4 de jun. de 2022
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Para Neusa Cardoso
Abelha, abelhinha, vem me emprestar seu mel Poliniza as flores, vai os campos áridos colorir (Sou urso guloso, mas respeito o que é seu) Que da minha toca, vendo beleza, vou até sorrir
Pequenina, sua fragilidade é aparência somente Simbionte, você bem sabe entender as flores Diversa de nós, seus olhos enxergam à frente E faz bichos grandes, mas frágeis, tão felizes
Para além da natureza, você é metáfora também De amores que desabrocham com grande doçura Sem se enganar, que são árdua construção, dura
Entre os muitos símbolos dos que se querem bem Abelhinha, você didatiza que, quando verdadeira, A paixão prescinde da picada suicida, derradeira.
Marco Villarta Lavras, 11 de julho de 2021.




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