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Soneto íntimo


Para Neusa Cardoso

Abelha, abelhinha, vem me emprestar seu mel Poliniza as flores, vai os campos áridos colorir (Sou urso guloso, mas respeito o que é seu) Que da minha toca, vendo beleza, vou até sorrir


Pequenina, sua fragilidade é aparência somente Simbionte, você bem sabe entender as flores Diversa de nós, seus olhos enxergam à frente E faz bichos grandes, mas frágeis, tão felizes


Para além da natureza, você é metáfora também De amores que desabrocham com grande doçura Sem se enganar, que são árdua construção, dura


Entre os muitos símbolos dos que se querem bem Abelhinha, você didatiza que, quando verdadeira, A paixão prescinde da picada suicida, derradeira.


Marco Villarta Lavras, 11 de julho de 2021.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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