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Sinestesia

Ouço ao longe Quase como Uma auditiva miragem Um bater de tambores O ritmado de pés Que tocam o chão Quase sem se deterem Quase vejo Diáfanas vestes Dançando em círculo As flautas e as cítaras Fazem fluir Evanescente música Como multicolorido Vapor Não sei se sonho Ou se me recordo Se sou chamado Ou se vislumbro O que há de vir Só sei que nesses átimos As dores cessam E me lembro De ser feliz.


Marco Villarta Lavras, 10 de fevereiro de 2023.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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