Simbiótica Gestação
- Marco Villarta

- 21 de mai.
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Temo por você,
Amado filho
Gerado nos mistérios
Do coração
Temo por mim
Por tanto tempo
Sem
Por não ser o tanto
Que preciso dar
Estimo o surpreendente destino
O fino fio da intrincada vida
O iminente limar do que é preciso
A intermitência das distâncias
Me detenho ante
A perplexidade das voltas
Que o caminho faz
A paz inquieta
De descobrir tal amor
De saber que posso
Que eu desconhecia a espera
Que se enformou feito primitivo barro
Na fugacidade do humano
Sinto, enfim, não necessitar
Ter inveja dos deuses
Temo pelo efêmero tempo
E pelas esperas do dizer
Mas bendigo
Estarmos sendo
O que não sabíamos ter
Marco Villarta
Lavras, 30 de maio de 2024.




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