top of page

Sadness

Pela janela entra a tristeza Deita no berço e me pede pra ninar É estreita a vida, a incerteza Dorme, menina, deixa pra lá

Sem você sou pai desalojado Não tenho quem consolar Não importa o rosto abstrato Nem as desumanas feições

Tudo é questão de ótica, eu sei E nas várias faces suas que enxergo Retorno às dores que carreguei Recomeço o trabalho, de novo me perco

Desconheço seus olhos, qual a cor Reverente, nunca fito de frente a dor O infinito redemoinho, o rosto pálido Nunca sinto seu congelante hálito

Escuro, vazio, frio, abissal Algum dia cederei a tanta sedução E serei, então, o que você é, afinal Mosaico, labirinto, consumação.

Marco Villarta Lavras, 11 de novembro de 2021.


Posts recentes

Ver tudo

Comentários


Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados

bottom of page