Sadness
- Marco Villarta

- 3 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Pela janela entra a tristeza Deita no berço e me pede pra ninar É estreita a vida, a incerteza Dorme, menina, deixa pra lá
Sem você sou pai desalojado Não tenho quem consolar Não importa o rosto abstrato Nem as desumanas feições
Tudo é questão de ótica, eu sei E nas várias faces suas que enxergo Retorno às dores que carreguei Recomeço o trabalho, de novo me perco
Desconheço seus olhos, qual a cor Reverente, nunca fito de frente a dor O infinito redemoinho, o rosto pálido Nunca sinto seu congelante hálito
Escuro, vazio, frio, abissal Algum dia cederei a tanta sedução E serei, então, o que você é, afinal Mosaico, labirinto, consumação.
Marco Villarta Lavras, 11 de novembro de 2021.




Comentários