Sacerdócio

Para que canto de qual universo Preciso ir para encontrar o beijo seu Aquele, mesmo, que no intermezzo, semivigília, você, em espírito, veio e me deu Hoje entendo a literatura universal Os périplos de Ulisses e a busca do Graal O que tive não se perde, não se esquece Mas não é obsessão, coisa de enlouquecer Porém é busca que transcende Jornada que justifica Um responsável esquecer-se Do que parece ser a vida Para ir buscar um geodo precioso Sutilmente disposto no recôndito do universo Onde – será esse um lugar ? Quando – haverá um quê de tempo nesse trilhar ? Da ilimitada leveza, de perfeito perfume Do jeito de sua alma cintilar.

Marco Villarta São José dos Campos, 28 de agosto de 2021