Reflexão
- Marco Villarta

- 4 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Quando olho no espelho
É seu rosto que vejo
Mas quem é você ?
Quem somos nós ?
Realidade aumentada
No não lugar de cada sulco
Dos vincos das rugas
Dos precipícios das marcas
De expressão
O palimpsesto
Quantas camadas terei que raspar
Na superfície do agora
Quantas escritas de mim
Haverá superpostas
Na tintura do tempo...
Olhar-me, olhar-nos
É ode
Éon
Íon
Eco dos ontens
Réquiem
Amanhãs
Olhar que se vê olhando
Metá
Pois os olhos se veem
Para o além
Além de mim
Além de nós
Além do vidro
Aquém do tempo
Ninguém.
Marco Villarta
2016




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