Quasesfério
- Marco Villarta

- 22 de mai.
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Do outro lado do céu
Os dias continuam iguais
Do outro lado dos medos
Os contidos gritos
Mantém-se normais
Aos acostumados ouvidos
Diante das súplicas
Do outro lado da alma
As noites são o que são
Densas, escuras fendas
Tendas em que habitam
Os perdidos sonos
A escassa e fugitiva paz
Do outro lado do céu
Inverte-se a simetria
Somos nós as abstratas formas
Somos nós mitológicos seres
Do outro lado do imenso rio
Somos as incontáveis margens
Que não cabem na humana geometria.
Marco Villarta
Lavras, 21 de maio de 2024




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