top of page

Ponto de fuga II

Atualizado: 20 de jun. de 2022


Dizem que há um ponto De sereno equilíbrio Centro de gravidade Repouso inercial Desconheço newtoniana física Sou quântica aberração Talvez eu seja muito antigo Contemporâneo de quem inspirou A conhecida letra do Raul Talvez epicurista Lendo, lento, a vera natureza das coisas Na espera de saber acreditar Talvez eu veja a sensualidade da nudez No sorriso que se esconde Nos ondes os braços cruzam As mãos da Gioconda apontam Para contrárias, indecisas direções No final, talvez seja cubista espectador Intuindo um cubo de superiores dimensões Mas não gosto de entrar em cavernas Pois descreio dos guias, feito sábios A tentar desenhar esse puro centro Prefiro as impossíveis perspectivas O olhar por detrás de cada olhar.


Marco Villarta Lavras, 30 de outubro de 2021.

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados

bottom of page