Pluvia
- Marco Villarta

- 3 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Se sou poeta Sou aquele detrás das vidraças Em tarde de pesada chuva Vejo as palavras caírem Enxergo seletivamente alguns pingos E sinto deixar escapar Algo precioso, sublime talvez Na minha vez de capturar Pela câmera escura fazer passar O luminoso raio do real Sou como todos os outros Vítima do olhar sempre convexo Plano invertido de sei lá o quê O nexo das coisas há de existir ? A chuva monótona me distrai E até esqueço dos pingos que vejo Já nem almejo a resposta conhecer...
Marco Villarta Lavras, 21 de janeiro de 2022.




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