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Pluvia


Se sou poeta Sou aquele detrás das vidraças Em tarde de pesada chuva Vejo as palavras caírem Enxergo seletivamente alguns pingos E sinto deixar escapar Algo precioso, sublime talvez Na minha vez de capturar Pela câmera escura fazer passar O luminoso raio do real Sou como todos os outros Vítima do olhar sempre convexo Plano invertido de sei lá o quê O nexo das coisas há de existir ? A chuva monótona me distrai E até esqueço dos pingos que vejo Já nem almejo a resposta conhecer...


Marco Villarta Lavras, 21 de janeiro de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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