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Perseverança

Atualizado: 19 de jun. de 2022


Já quis morar em Marte Para ser Reinício Outro eu Desencanto Distópica fuga Misantropia Já não estou tão certo Já não quero mais Se quiser a ambiguidade De pisar outro terreno Apreciar, no céu, O pequeno ponto azul Já me basta a arte Ou qualquer linguagem Pois sabemos não do mundo Mas de nós, Como o concebemos Posso ir para qualquer desterro Alguma Desterra Lugar nenhum Posso ir até Nada Pois aprendi a fazer turismo No fascínio dos paradoxos Nas perguntas sem resposta Nos enigmas sem solução Se algo pode persistir Será, quem sabe, O murmúrio do que des-sabemos Entre eles Me concedo, ainda, Uma breve curiosidade E uma inveja fugaz Será que os rovers que lá estão Saberão que são mais que máquinas São nossos sonhos Nossos olhos Talvez a única Perene arqueologia do que fomos No dia sem horas Em que o Universo for Cinzas De novo, poeira, Que um dia nos compôs.


Marco Villarta Lavras, 20 de fevereiro de 2021

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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