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Peripécias

Sonhei seu nome

Sussurrado em suave céu

E o véu do tempo não foi

Suficiente muro

Interrompido escuro

A nos impedir

Do lento após

De peripécias mil

De nos achar, enfim

De não acreditar no fim

E insistir, assim,

No existir para retomar

Novamente em una forma

Tantas existências

De puro, infinito amor

E as canções antigas

Em pronúncia celta

A relembrar dores anciãs

Em tantas vi(n)das

Em terríveis interrupções

Se fizeram acontecer

Como sempre nos diziam

As enigmáticas profecias

Que as estrelas sorririam

E as noites se fariam

Iluminados, sublimes dias

Já de outra, intensa luz,

E em tantas faces

E em tantas vestes

Nos reconheceríamos

E veríamos doce clímax

Sacrossanto suave som

Pra sempre, você diz

E quem sorri, então, sou eu.


Marco Villarta

Lavras, 10 de agosto de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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