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Para além

O que existe para além do que os olhos enxergam ? Dos sons inaudíveis para nossa limitada audição ? Serão os sentidos traidores da sensata Razão ? Como sou inepto para as respostas, imagino apenas Não quero ir muito longe: no nosso planeta, mesmo Aves, insetos, outras espécies tantas que não sei contar Vão além de nós, no espectro da percepção Acho bonito o nome: é o que somos, espectros Limitados fantasmas, perplexas sombras que vagam Por entre infinitos espaços, desertos intervalos Tanto no muito pequeno, quanto no absurdamente grande Grãos de cósmica poeira, talco de moribundas estrelas Pelas frestas do viver, habitamos míseros lugares Quem saberá de nossos feitos, de nossas desventuras Talvez nem a musa que eterniza os humanos atos Possa atingir os recantos longínquos Líquidos encantos para além de todos os tempos Singularidades que escapam até aos nossos deuses Haverá, também lá, quem assim conjecture, Quem perceba desconhecer as bordas do infinito ?

Marco Villarta Lavras, 13 de setembro de 2021.


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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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