Pantopia
- Marco Villarta

- 21 de mai.
- 1 min de leitura
Dentro, em algum lugar,
talvez haja uma origem
para os sons que ouço
sem explicação
se são loucura
ou invisível orquestra
não sei dizer
Em algum espaço
que é lugar-nenhum
em algum calendário
que é tempo de ninguém
sinto cheiros sem saber porquê
escondidos buquês
pressinto serem senhas
que meu corpo indicia
sob um sopro do além
sob um hálito da memória
vindo de eterno coral
nesse outro mundo que suspeito
só há sinestesias
vejo sons, ouço cores, formas, luzes
mas, mais que isso,
vivo tempos
ora simultâneos
ora descontínuos
sinto cruzar diferentes mundos
e, qual teia infinita,
sinto ser parte
arte e ciência
senciência
puro existir.
Marco Villarta
Lavras, 05 de dezembro de 2024.




Comentários