top of page

Ode ao sublime

A dor é calma

E, na saudosa alma,

Sente falta

Do terno abraço

Da meiguice do olhar

Do fundir-se num só

Divisão do ser

Pode viver o condor

Sem sua feliz visão

De maravilhosa cena

De tanta amplidão?

Reverente

Tornei-me cigarra

Que hiberna

Na longa espera

Sou, enfim, Orfeu,

Que aguarda

Paciente desenrolar

Do ciclo, o fim

Para, no eterno,

Reencontrar seu par.


Marco Villarta

Lavras, 11 de junho de 2022.

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados

bottom of page