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Nesga

Há no solo Só uma flor E a dor que trinca O seco chão Brinca de esterco Com a razão De o choro se conter De o ar se reter No fundo dos pulmões Apesar dos senões Há ainda o que se viver Apesar dos que descreem Na arte, às vezes dura, Na contraparte Que segura nossas mãos Nos piores revezes E se a esperança Responde pela zombaria Dos que já não conseguem Sonhar com utopia De fazer do bom delírio Do alucinante pulsar da vida Resta seguir Mesmo fechando os olhos Pois enxergar a luz Não é senão Sinestesia Natural condição De nos sentir conectados Pois é que o há Nos depois E nos diantes...


Marco Villarta São José dos Campos, 26 de fevereiro de 2023.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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