Nesga
- Marco Villarta

- 16 de abr. de 2023
- 1 min de leitura
Há no solo Só uma flor E a dor que trinca O seco chão Brinca de esterco Com a razão De o choro se conter De o ar se reter No fundo dos pulmões Apesar dos senões Há ainda o que se viver Apesar dos que descreem Na arte, às vezes dura, Na contraparte Que segura nossas mãos Nos piores revezes E se a esperança Responde pela zombaria Dos que já não conseguem Sonhar com utopia De fazer do bom delírio Do alucinante pulsar da vida Resta seguir Mesmo fechando os olhos Pois enxergar a luz Não é senão Sinestesia Natural condição De nos sentir conectados Pois é que o há Nos depois E nos diantes...
Marco Villarta São José dos Campos, 26 de fevereiro de 2023.




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