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Morpheus


Tristeza é uma brisa Cálida, às vezes, Fria, no constante acontecer Contínua, perseverante Ou queima devagar Ou enregelante, Cristaliza memórias Mas poderoso é o cristal E o banho-maria, eficaz Não haja ilusões A musa também olha Para outros cantões E, se persiste, por um lado A agonia de sempre se lembrar Ao término, dilui-se A quem cabe o fardo De não olvidar, A própria razão de ser A identidade é fantasmagórica Mais que o outro incauto Que ousa nos conhecer, Assombra a própria consciência Nos desvãos do que fomos E do que nunca seremos mais.


Marco Villarta Lavras, 24 de agosto de 2021.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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