Memórias
- Marco Villarta

- 5 de jul. de 2022
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Nas tácitas recusas de seguir em frente
A alma, reclusa, a se consumir dormente
Nas ácidas ausências, a força a lhe exaurir
Mendiga, suplicante de migalhas de afeto
Vacilante nas mais duras horas de angústia
No torpor de ser levado pelo vento sem direção
No horror de sentir-se fendida, sem vida, sem razão
No amor que se dissipa nas mais ínfimas frestas
Funesta, antecipa as lágrimas que lastimam o destino
O futuro no desatino que desalinha as linhas da fronte
de cada ontem que sublinha o vazio que descortino
e se enfrento as mais impensáveis desesperanças
é porque só encontro forças no eterno cuidado
que vi estampado sempre no meigo e doce olhar
que me permitiu ver em mim mais que o passado
o porvir de um amor que me fez mergulhar
no que vale da vida, no melhor do ter existido.
Marco Villarta
Lavras, 05 de julho de 2022.




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