Manifesto
- Marco Villarta

- 4 de jun. de 2022
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Cassiano, meu conterrâneo, Dizia ser a poesia Ilha cercada de palavras Cismo e quase discordo Pois penso em quem habita a ilha E me irmano ao bardo inglês Que julgava nenhum homem Ser meramente uma ilha Tal como as plantas Planetas Conjecturadas constelações Somos miceliais E nessa rede de que nos compomos Talvez seja a poesia Esses invisíveis fios E a palavra, tear Pois que trançamos nossas vidas Nas palavras outras Que provisoriamente Serão nossas. E no dizer sem dizer E no silêncio sem se deixar calar Trançamos, tecemos Filigranas, efígies E, para os que vierem Para o depois Os enigmáticos traços Das nossas próprias faces.
Marco Villarta São José dos Campos, 22 de junho de 2021




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