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Manifesto


Cassiano, meu conterrâneo, Dizia ser a poesia Ilha cercada de palavras Cismo e quase discordo Pois penso em quem habita a ilha E me irmano ao bardo inglês Que julgava nenhum homem Ser meramente uma ilha Tal como as plantas Planetas Conjecturadas constelações Somos miceliais E nessa rede de que nos compomos Talvez seja a poesia Esses invisíveis fios E a palavra, tear Pois que trançamos nossas vidas Nas palavras outras Que provisoriamente Serão nossas. E no dizer sem dizer E no silêncio sem se deixar calar Trançamos, tecemos Filigranas, efígies E, para os que vierem Para o depois Os enigmáticos traços Das nossas próprias faces.


Marco Villarta São José dos Campos, 22 de junho de 2021

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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