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Lector

Me compreendo Me surpreendo Não quando escrevo Nem quando proponho Se é que me atrevo A desenhar-me em sonho Para além de todo devaneio É no instante em que me leio E sei de mim o que algum outro Me faz, enfim, reconhecer a face Que me faz atravessar os vales Resvalar os interins Resfolegar ante a chegada Sem esquecer o ponto de partida E o deslumbre de tal leitura É quase avesso de todas outras Me maravilho, também, Quando leio a alma alheia E penso compreende-la Já que ao final Me compreendo (n)ela.


Marco Villarta Lavras, 17 de janeiro de 2023.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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