Kalimera
- Marco Villarta

- 16 de abr. de 2023
- 1 min de leitura
Queria ter a marota Liberdade dos gatos Condescender à serena Lealdade dos cães Queria entender o quê De eterna surpresa No olhar das galinhas Ter a inocência expressa Nos esféricos olhos Dos dóceis saruês Ainda o leve andar Dos noturnos felinos E o atento mirar Das corujinhas sardentas O quedar-se no ar Das impossíveis libélulas O esotérico vôo Das doces abelhas E uma que raivosa preguiça Dos ursos no hibernar Talvez a micelial Solidariedade das plantas Na trama de suas raízes Queria ser a própria terra O sagrado solo Mãe de nós todos Que os raios solares No início dos dias Vem com seus lábios tocar Acalentar Encalidecer No raiar ou entardecer Queria ter a incorporeidade Dos ventos que brisam E que brincam Sorrateiros De permanecer.
Marco Villarta Lavras, 08 de março de 2023.




Comentários