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Hiroshima


Bom dia Bomba Boom Biologia extinta Grafaram a morte Tudo transformado em pó Cinza Não há pássaros voando As pessoas viraram luz Impressas no cimento calcinado Carnes expostas dos que pensam Ter sobrevivido Os relógios pararam As vidas não têm mais tempo O fim já chegou As crianças não voltarão da escola E o ronco distante do avião que se distancia Já não pode mais ser ouvido O que há é o silêncio da bomba Depois de criar funesto sol Que obscurece a estrela, de fato Viramos todos órfãos O coro fúnebre não é só lá O fruto da árvore foi colhido Já não temos como alegar Inocência.


Marco Villarta Lavras, 06 de agosto de 2021

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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