Fluxos
- Marco Villarta

- 3 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Há os tempos que vão... além Será ilusão ? Delírio (de) outro, também ? Artifício de deuses desocupados Sagrado ócio, zombeteiro desdém Pela humana sorte, pelos coitados Que perambulam pelos vales sombrios Artimanha da morte, inútil desvario Há os tempos que parecem vir Não sei se recordo o perdido passado Ou antecipo o inesperado devir Se acordo de um sonho onde não sou Ou desperto, sereno, no perene existir É certo que desconheço todas as razões E se do espaço da incompletude haurir O conforto, a fé, calmas considerações Haverei de encontrar em tal infinito Bonito exemplo de como as aflições Podem ser etéreas, ilusórios medos Arremedos do que o mundo possa ser Se penso no tempo, dele me ocupo somente E isso não garante em nada meu saber Basta, talvez, esquecer os pensamentos Razão é luz, mas é uma lâmpada pálida Que não ampara a utópica real visão Enfim, vou vivendo. É vida, cálida Pulsante. O incomensurável instante
Marco Villarta Lavras, 18 de novembro de 2021




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