Esfinge II
- Marco Villarta

- 22 de mai.
- 1 min de leitura
Para Arthurzinho
Os gatos também envelhecem
e desistem de medir o tecido da cidade
pelos fugidios passos
Agora, olham para o longe das noites
e esquadrinham, sabe-se lá se o que veem
ou o que se lembram do antigo andar
não sabemos se sonham
ou, se caprichosos, como sempre são
criam o mundo para além
dos muros cercados
das janelas teladas
se somos também nós
partes de seus sonhos
talvez seja mantra o ronronar
Talvez sejam mesmo guardiões
brincando com o novelo dos tempos
de infinitos universos
talvez, até, sejam eles os melhores versos
que o Ilimitado já escreveu.
Marco Villarta
Lavras, 08 de fevereiro de 2024.




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