Esfinge celta
- Marco Villarta

- 3 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Para Arthur Cardoso
Feito um gato No peito das coisas No colo da vida Sento meio deitado Na extremidade do sofá O mesmo onde afio as garras Na displicência de ser rei Me alongo, quase oblongo Na coreografia do impossível Sou os olhos apenas Na densa escuridão Se mio ou ronrono É pra dizer ao soberbo humano Que chamo o mundo Ao meu modo de nomear Sou as patas garbosas E o jeito felino a desfilar O mundo é mesmo de muros e telhados O que importa é espreguiçar.
Marco Villarta Lavras, 21 de janeiro de 2022.




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