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Esfinge celta


Para Arthur Cardoso


Feito um gato No peito das coisas No colo da vida Sento meio deitado Na extremidade do sofá O mesmo onde afio as garras Na displicência de ser rei Me alongo, quase oblongo Na coreografia do impossível Sou os olhos apenas Na densa escuridão Se mio ou ronrono É pra dizer ao soberbo humano Que chamo o mundo Ao meu modo de nomear Sou as patas garbosas E o jeito felino a desfilar O mundo é mesmo de muros e telhados O que importa é espreguiçar.


Marco Villarta Lavras, 21 de janeiro de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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