Escopo
- Marco Villarta

- 22 de mai.
- 1 min de leitura
Espelho diante do espelho
degraus do infinito
Olhos diante de outros
prescrutando alheias (di)visões
no entremeio de obscura câmara
múltiplas perspectivas
ao final, afinal
não há centro
não há dentro
ou fora
o que há são os cordames
invisíveis fios de tênue seda
de nossas abstratas naus
singrando os rios do devir
os oceanos do se desconhecer
intermitentes não saberes
teceres de diáfanos teares
para além do humano
para além dos deuses
inacabada iris
de incontidos âmagos
de almas sem confins
Marco Villarta
Lavras, 21 de maio de 2024.




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