Escamas
- Marco Villarta

- 5 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 20 de jun. de 2022
Sou das águas profundas
Onde as ondas brincam de esconde
Sob a imensa pressão
Sob os vulcões escondidos
Tento sobre
viver
Sou estranho, abissal
Porque não nasci para os olhos
Dos que pisam a terra
Me confundo com a poeira do fundo
Me banho na fímbria de luz
Migalha que chega
Nos fósseis de lá
Sou antigo, meio fora do tempo
Sou frágil
Para além desse fosso
Às vezes brinco de sonho
Desenvolto, nado
Nadeio
Faço do nada que saboreio
Escultura do próprio existir.
Marco Villarta
Lavras, 22 de setembro de 2017




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