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Escamas

Atualizado: 20 de jun. de 2022



Sou das águas profundas

Onde as ondas brincam de esconde

Sob a imensa pressão

Sob os vulcões escondidos

Tento sobre

viver

Sou estranho, abissal

Porque não nasci para os olhos

Dos que pisam a terra

Me confundo com a poeira do fundo

Me banho na fímbria de luz

Migalha que chega

Nos fósseis de lá

Sou antigo, meio fora do tempo

Sou frágil

Para além desse fosso

Às vezes brinco de sonho

Desenvolto, nado

Nadeio

Faço do nada que saboreio

Escultura do próprio existir.


Marco Villarta

Lavras, 22 de setembro de 2017


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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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