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Elegia


Chama a chama forte Invoca a flama azul Seja do norte ou do sul Nesse território não há direções Qual bússola vai indicar as posições Qual sextante vai nos mostrar o céu Que orienta a nau no escuro oceano A noite é imensa Espessa Promessa de impossíveis furacões Tempestades colossais Tsunamis, naufrágios abissais Do outro lado do espelho Não há narcisos nem oráculos Há o reverso do verso Talvez outro universo Onde converso com você Onde transcendo de mim Reacendo a fé nos mistérios Sérios segredos Temporário degredo Numa das curvas Do tempo circular Do côncavo espaço Se somos reais que sonhamos Ou sonhos que se iludem existir Pouco importa A porta está aberta A luz que entra aquece a fria noite Chego ao solitário farol Adentro como fantástico Onírico portal No alto brilha a chama intensa Densa experiência De quem, mesmo aqui, Também já morreu.


Marco Villarta Lavras, 22 de janeiro de 2022

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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