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Devir


Em criança, triste, deitava-me na cama Embaixo Mais por medo da claridade dos rostos Que do escuro do chão. Adolescente, inquieto, sentia metamorfoses Cada dia um corpo Cada momento um pedaço arrancado a alma Jovem, perseguia os sonhos, olhos na utopia Poucas certezas, muitas vontades Exaustões, ora os frêmitos, ora todos os prantos Todos intensos, todos devastadora paixão Adulto, encontro comigo Mas certezas ficaram onde Caminhos Num sem tempo avalio-me No cosmos não há retas As grandes perguntas são falhas Nunca viemos, nunca nos fomos Nesta inverídica est(r)ada (a)penas Somos.


Marco Villarta

2017

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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