Dessoneto sideral
- Marco Villarta

- 6 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
Qual geômetra de planeta dilacerado
Junto os grumos do que no passado
Pode ter sido um jardim ou um porão
Ignoro se os rumos do que foi sonhado
Perdem-se no céu ou se espatifam no chão
Qual marinheiro da nave de estultos passageiros
Singro as águas de mutável rio
E sentencio com meu leme
Quem treme ao ver desembarcarem
Em animados festejos os insensatos foliões
Qual astronauta de cosmonave sem retorno
Não me desespero com quaisquer meteoros
Nem com desconhecidas nebulosas
Frio, observo nos viajantes as grandes pretensões
Qual misterioso ocupante de destino incerto
Fico por perto de quem acredito poder me orientar
A não descrer das inventadas manobras
Astúcias de quem não tem para onde ir
Marco Villarta
Lavras, 06 de julho de 2022.




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