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Desalento

As preces que tecem Merecem o ardor Entristecem com a dor Com que fenece a fé Com que carecem de força Com que tudo parece em vão


As súplicas que clamam Exsudam dos corpos cansados Suam dos olhos marejados Que choram as penas alheias Que imploram apenas Que tecem reciprocas teias


E, no seio dessas amarguras É que perdura o desespero Fraturam-se em agruras As poucas luzes As tíbias certezas


Pois só confiam No próprio ato de esperar Só se fiam Que as mortalhas são dos vivos Que ousam acreditar Ainda.


Marco Villarta Lavras, 07 de dezembro de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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