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Desabafo

Queria que um poema Tivesse a força E a delicadeza De transmutar injustiças

Queria que a arte Fosse o interesse maior Em vez de criptomoedas Homens-cifrão Descartáveis trabalhos Mãos de obra Nas fornalhas infernais

Queria que nem existissem Os frigoríficos Os hospícios As masmorras As pútridas bolhas Dos indiferentes

Que não se caçassem as bruxas por seus satânicos inquisidores Queria que as dores Não fossem projeto E o sádico desejo abjeto Nem ousasse existir

Nessa utopia que professo Sonho que os conflitos Fossem pequenas angústias De nos pensarmos juntos Como nos combinarmos No misterioso texto Universal


Marco Villarta Lavras, 07 de dezembro de 2022

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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