Desabafo
- Marco Villarta

- 15 de abr. de 2023
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Queria que um poema Tivesse a força E a delicadeza De transmutar injustiças
Queria que a arte Fosse o interesse maior Em vez de criptomoedas Homens-cifrão Descartáveis trabalhos Mãos de obra Nas fornalhas infernais
Queria que nem existissem Os frigoríficos Os hospícios As masmorras As pútridas bolhas Dos indiferentes
Que não se caçassem as bruxas por seus satânicos inquisidores Queria que as dores Não fossem projeto E o sádico desejo abjeto Nem ousasse existir
Nessa utopia que professo Sonho que os conflitos Fossem pequenas angústias De nos pensarmos juntos Como nos combinarmos No misterioso texto Universal
Marco Villarta Lavras, 07 de dezembro de 2022




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