Coreografia
- Marco Villarta

- 3 de mai. de 2023
- 1 min de leitura
Meus pés tocam suas pontas
Nos delicados limites
Que emite o mistério
Etéreo périplo
Incerto itinerário
Temerário risco
Que é o de existir
Mas para além
Nem sou, nem desexisto
Insisto nas coisas leves
Que nem coisas são
A mão que seguro
Nem tem forma
Mas é memória
Paradoxo no sem tempo
No espaço abstraído
Distraído, levito
Por sobre as eras
Olho nos olhos das feras
Assim como no cândido
Mirar dos filhotes dóceis
Do ócio das brisas lentas
Que acalentam no aqui
De dentro ou fora
Da alma em seu
Inexato espaço
Um tépido rumor
Um fluxo de perdurar
Sentindo-se junto
Grato enlace
Ao infinito
Incondicional do amor.
Marco Villarta
Lavras, 03 de maio de 2023.




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