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Conjunção

Mais do que escrever

Me encanta traduzir

Não sei se é engenho

Ou infrutífera traição

Sei que vejo do outro

Lado do espelho

Sou parte e sou todo

Esforço de reacontecer

Na voz impossível

De outro ser

Sou sujeito ao que fal(h)o

Sou mítico tempo

De cantar, batendo os pés

Em outros chãos

Sob o mortífero risco

De desandar a emulsão

De ser patético ventríloquo

Da voz alheia

De um sentir estrangeiro

A minha pequena aldeia

Ao meu único lugar.


Marco Villarta

São José dos Campos, 09 de outubro de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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