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Centelhas

E, então, compreendi

Existimos para poder provar

Que não é impossível o amor

Ainda que os tempos sejam

Obscuros no profundo (do) coração

Somos mais do que pó de estrelas

Ou cinzas de rosas que não existem mais

Somos centelhas de estrangeira luz

Nas espessas trevas, no lado outro

Do especular dos intermitentes ciclos

Nos périplos de infinitos orbes

Somos as duas lágrimas do sublime

A quem, por respeito, não dizemos o nome

No condensar do infinito brilho

Somos filhos desse absoluto sol

Mais puro encanto, mais plena redenção


Marco Villarta

Lavras, 10 de agosto de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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