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Cama de gato

Percebo, enfim Não nasci para ser separado Dos fios em que fui tecido É meu fim Meu (e)terno cíclico reiniciar Reencontrar-me Nos ventos que fluem Nas águas que (per)correm Cada provisório sólido canal Podem ser leitos de pedra Ou nas entranhas que batem O sonoro sussurrar da vida As frágeis veias e artérias Que desenham meus passos Em secundários ponteiros De infinito relógio De sagrado e secreto desígnio Misterioso, inconcebível propósito Razão de, num rápido suspiro, Ter o privilégio de se saber Mais do que imagem O sonhador que desenha Os símbolos O êmbolo que faz o motor Andar.


Marco Villarta Minas Gerais, 06 de dezembro de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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