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Cadência

Onde você está Que não me ouve Quando você terá A definitiva permissão De me conduzir Pelos estreitos túneis Pelos secretos lúmens Pólens Se as histórias A começar pelas de amor Adquirem passos próprios Então mesmo sem saber Quais as bordas dos limites O infinito que propaga Onde está você Nas horas que choro em vão Pelo denso peso de se ausentar Pelos medos que, a sós, Volto a enfrentar Pelo escasso vento Cujo sopro já não infunde Minha necessária luz Meu aconchego Em frente Somente Do lado de cá Dos multifacetados espelhos Onde está você Na face que não se repete Nos atormentados reflexos Nos montes que se esticam No impossível do horizonte No sensível de delicados olhos Para quem a alma nem é mais mistério E no verso dúbio das sem escolhas Incompletas filigranas Afinal, ao final, Quando está você?


Marco Villarta Lavras, 09 de fevereiro de 2023

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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