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Brevidade


Brevidade... É aquele biscoito De maisena Com cheiro de infância Que vira lembrança Porque a gente Não come nunca mais. Brevidade... É o presente Momento da vida Mas dádiva, também Porque Brevidade É a palavra Esse estado indefinível Entre dizer e fazer Entre ausência e presença Como o biscoito Se desmanchando na boca Sinto a palavra Aerando-se Com o fugidio do tempo Ambos me escapam Mas me apanham No que não sei de mim No que não saberei jamais O que esse paladar de sonho Tem em comum com o sabor do tempo Com o sentir da vida.


Marco Villarta Lavras, 7 de fevereiro de 2017.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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