Axioma
- Marco Villarta

- 30 de jun. de 2022
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Olho para as pessoas andando Caminham Perambulam Não menos que o meu olhar Miro o mundo E, confesso, Tenho que apertar os olhos Porque Certas vezes Pareço enxergar somente O espaço entre as coisas O sem-tempo entre as vivências A desmemória dos silêncios E dos atos não-realizados Quase chego a sentir saudade Dos seres que não conhecerei Das pessoas nunca nascidas De quem morrerá para além Do meu existir. E a angústia desmesurada Me arrebata Toma-me todos os sentidos Físicos E para além Haverá o que dizer Sobre o que não somos Um negativo do saber Um ser do subtrair ?
Marco Villarta
Lavras, 30 de junho de 2016




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