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Axioma

Olho para as pessoas andando Caminham Perambulam Não menos que o meu olhar Miro o mundo E, confesso, Tenho que apertar os olhos Porque Certas vezes Pareço enxergar somente O espaço entre as coisas O sem-tempo entre as vivências A desmemória dos silêncios E dos atos não-realizados Quase chego a sentir saudade Dos seres que não conhecerei Das pessoas nunca nascidas De quem morrerá para além Do meu existir. E a angústia desmesurada Me arrebata Toma-me todos os sentidos Físicos E para além Haverá o que dizer Sobre o que não somos Um negativo do saber Um ser do subtrair ?

Marco Villarta Lavras, 30 de junho de 2016


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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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