Autorretrato
- Marco Villarta

- 17 de jun. de 2022
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É verdade
Sou, mesmo, intenso
E sempre tenso
Tento sorver da vida
O máximo do instante
No paradoxo
Da lembrança constante
Do sonho intermitente
Sou exato no rigor
Exagerado no amor
Minha saudade é exponencial
Minhas dores, nem sei
Como medir na duração
Sou contínuo na desrazão
E sereno como um vulcão
Sou a rápida e ofuscante luz
De distante e moribundo pulsar
Sou astronômico
Sou quântico
Sou quantos nomes for
Que digam de mim
O que não tenho como saber
Tampouco os outros
Como tantos, sou mistério
Sei que estou
E já não estarei.
Marco Villarta
Lavras, 17 de junho de 2022.




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