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Atávica

Em antigas campinas Com o respeito dos que temem Os mais simples mistérios Uma calejada mão se estende A uma rara touceira Na densa aridez do deserto Escolhe a taquara mais longa E mais amarelecida Senta-se na areia já tépida Na tarde que se esvai E do mesmo caniço Esculpe uma flauta e um cajado Na névoa do espaço-tempo Desperto do entressonho E medito na dúvida Qual dos dois objetos Melhor sustentará Aquele homem De outras eras.


Marco Villarta Lavras, 1° de março de 2023.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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