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Attesa II
- Marco Villarta
- 21 de mai.
- 1 min de leitura
Calma é a espera
para a alma, talvez
mas somos duas carnes
o tecido do corpo
o emaranhado
o suave sopro
do espírito
e nesse dilema
seremos terra
que sob a brisa
se torna pó
ou seremos aragem
que decanta
no escuro da noite
o que encanta
o que amedronta
é o mesmo acontecer
corpo e alma
cruzam-se os olhos
e nesse encontro
às vezes se (re)descobrem
e aflição de espera
por um átimo se ameniza
pois que a memória eterniza
e dissipa o tenso oblívio
há o alívio, ainda que
seja momento
efêmero alimento
somos rede
temos sede
de nos (re)conhecer
Marco Villarta
Lavras, 02 de setembro de 2024.
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